Os 6 projetos de arquitetura de Leiria nomeados para “Edifícios de Ano 2021”


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No distrito de Leiria há grandes e bons projetos de arquitetura para fantásticos edifícios. Conheça os 6 nomeados a edifícios do ano 2021.

As votações para o Edifício do Ano 2021 do ArchDaily estiveram abertas e infelizmente nenhum dos seis edifícios de Leiria, seguiram para os finalistas do Building of The Year 2021.

Contudo, é importante recordar a grandiosidade de alguns destes edíficios. Vamos conhecer todos os seis projetos do distrito de Leiria nomeados internacionalmente, onde até ficam marcadas duas moradias construídas no pós-incêndio flagrante de Pedrógão Grande: 

“Casa Povo” – Arrabal (Projeto da Contaminar Arquitectos)

“Casa Povo”localizada numa área predominantemente rochosa e de terrenos irregulares do Arrabalé um refúgio austero esculpido e denticulado” com 3 quartos, divididem dois andares, conectado com os espaços exteriores através de um jardim que se envolve com os pinheiros existentes na vegetação natural. 

Casa Tojal – Porto de Mós (Projeto da Contaminar Arquitectos)

 A “Casa Tojal”é uma moradia em formato de “L” em Porto de MósRodeada por um extenso olival, oprincipais desafios deste projeto foram a orientação solar, o enquadramento da melhor vista a preocupação com a rotina diária do casal de forma a garantir que todas as divisões alcancem um equilíbrio entre sol, vistas, privacidade e lazer. 

Tanto a “Casa Povo” como “Casa Tojal” são dois projetos de 2019, criados pelgabinete de arquitetura Contaminar Arquitetos, que primam pela simplicidade e pela riqueza dos detalhes.  

Casa Gloma – Leiria (Projeto de Bruno Dias Arquitectura)

Em Ansião, a “Casa Gloma, do gabinete Bruno Dias Arquiteturaé uma moradia rés do chão, de 420m2, que tem como principal objetivo o contacto permanente com a natureza de forma a criar uma sensação de liberdade. A solução aplicada neste projeto passou pela criação de pequenos pátios, proporcionando a simplicidade de materiais e formas encontradas na natureza que a rodeia. 

Casa Ti Clara – Ansião (Projeto do ateliê Espaço P2)

A “Casa Ti Clara”é um projeto com história, criado em 2019 pelo ateliê Espaço P2. Para a construção foram consideradas memórias e sonhos que foram incorporados na decoração através de objetos restauradosDesta forma, foi possível “manter a verdade na arquitetura” e dar aos novos espaços uma experiência mais confortável e acolhedora.  

Casa Deolinda Santos – Pedrogão Grande (Projeto do ateliermob)

A “Casa Deolinda Santos”com uma área total de 235m2, é uma moradia familiar, com piso térreo e sótão. Reconstruída na totalidade, existiram algumas alterações à estrutura da casa. Foi criada uma varanda coberta a sul que serve como uma entrada secundária e área de estacionamento e um pátio, a norte, que é uma a área de churrasqueira e de convívio. 

Casa António Nunes – Pedrogão Grande (Projeto do ateliermob)

Relativamente à “Casa António Nunes”, projetada em 2018, para tornar perfeitamente acessível, centralizou-se o projeto num único andar – o superior, deixando o inferior para armazenamento. Este projeto conta ainda com uma grande janela que dá acesso a upátio, fornecendo luz e ventilação natural à casa. 

O principal objetivo desta reconstrução foi melhorar as condições de vida da comunidade, com particular atenção para o facto de grande parte da população ser idosa. 

 

Texto: Rui Miguel Marques

Receitas para a quarentena: Abóbora manteiga assada com salada de bulgur e maionese vegan, pela Casa da Lídia


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Nesta rubrica a TIL junta-se a restaurantes locais para nos ajudarem a inovar na cozinha. O restaurante Casa da Lídia, em Leiria, sugere abóbora manteiga assada com salada de bulgur e maionese vegan.

O restaurante Casa da Lídia situa-se nos Terraços do Marachão, em Leiria. Neste espaço, onde as proprietárias combinam as suas raízes moçambicanas e asiáticas com os sabores portugueses, são vários os pratos fora do comum, como é o caso desta receita de Abóbora manteiga assada com salada de bulgur e maionese vegan, para 2 pessoas.

Ingredientes:

– 1 abóbora manteiga cortada ao meio
– 2 colheres de sopa de azeite
– 2 colheres de sopa de geleia de arroz/ outro adoçante natural
– Pedras de sal q.b
 
Recheio
– 1 chávena de bulgur cozida
– 100g de Seitan/ tofu rijo picada miúdo
– Azeite q.g
– 1 dente de alho
– 1/2 cebola pequena roxa
– 1 chávena de salada ibérica/lidl
– 2 colheres de sopa de caju
– Maionese vegan q.b
 
Estrugir a cebola e alho no azeite até ficarem moles e acrescentar o Seitan/tofu, misturar bem, desligar o lume e acrescentar o bulgur já cozido e envolver. Deixar arrefecer. Depois de frio acrescentar salada.
 
Maionese vegan:
– 1 medida de bebida de soja sem açúcar
– 2 medidas de óleo de grainha de uva
– 1 colher de sobremesa de vinagre de arroz
– 1 colher se sobremesa de vinagre de ameixa 
– sal q.b
– ervas aromáticas a escolha
– gotas de limão q.b
– 1 dente de alho
 
Juntar tudo numa taça e usar a varinha mágica até a mistura duplicar de tamanho. E está pronta a servir!
 

casa da lidia

Modo de preparação:

Limpar a abóbora de impurezas e cortar ao meio.
Pincelar com a mistura de azeite e geleia.
Forrar com papel de alumínio e levar ao forno a temperatura média 200°C por 30 minutos.
Passado esse tempo retirar o papel e deixar no forno até terminar a cozedura.
Temperar com sal grosso q.b
 
No prato de servir coloque a abóbora já assada, coloque o recheio harmoniosamente e enfeite com o caju e a maionese vegan.
 

Restaurante Casa da Lídia em quarentena:

 
Horário de funcionamento do takeaway – 2ªf a 6ªf das 11h30 até as 14h. 
Fim de semana das 11h30 às 13h. Takeaway apenas disponível ao almoço.
As reservas devem ser feitas até às 18h do dia anterior.
 
Produtos disponíveis durante a semana (1 sopa e 2 pratos): 
– Sopa – 2 euros
– 1 dose de vegetariano/vegan; carne ou peixe – 7 euros.
É colocado à disposição sempre um prato vegetariano/vegan alternando com carne ou peixe.
 
Outros produtos disponíveis para venda mediante a reserva antecipada:
– Pastel de nata, chamuças (vegetais, carne de vaca e galinha), pastel de massa tenra, empada de galinha e bolos do dia, à fatia.
Para encomendas de bolos, estas devem ser feitas com um mínimo de 3 dias de antecedência.
Ementa é postada semanalmente, em todas as redes sociais e está disponível em A Casa da Lídia.
 
Ementa ao domingo:
Menu Brunch Takeaway – €30.00 (para 2 a 3 pessoas)
– 2 Bao à escolha; 1 Fatia de Bolo do dia; 1 Caixa de Queijo e Enchidos; 1 Tosta à escolha; 1 Pacote de Chá; 
– 2 Pastel de Nata; 2 Scones com Compota de Frutos Vermelhos; 2 Sopas; Fruta de Época 
Caixas disponíveis apenas ao fim de semana, somente por reserva. 
 
 
Foto: A Casa da Lídia

Receitas para a quarentena: Kebab à IrmãoVegan

receita kebab irmãovegan

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Nesta rubrica a TIL junta-se a restaurantes locais para nos ajudarem a inovar na cozinha. O restaurante vegan da Marinha Grande, IrmãoVegan dá-nos uma opção fast food mais saudável.

O restaurante IrmãoVegan está inserido no espaço de alojamento local “Refúgio do Esquilo”, localizado na Marinha Grande. Apostando numa cozinha totalmente vegan, propõem o prato Kebab à IrmãoVegan, cuja receita é indicada para 4 pessoas.

Ingredientes:

– 250gr de Seitan

– 4 Pães Pita

– 4 Folhas de Alface

– 2 Cenouras

– 1 Tomate

– 1 colher de Sopa de Molho Tamari 

– Maionese

– Coentros

– Fio de Azeite

 

Para a Marinada:

– 1 colher de sopa de Pimentão Doce

– 1 colher de chá de Cominhos

– 1 colher sopa de Alho em Pó

– 1 colher sopa Açafrão

– 1 colher chá Cardamomo

– Pimenta Preta a gosto

– 4 colheres de sopa de Azeite

– 2 colheres sopa Vinho Branco

– Sal a gosto

receita kebab irmãovegan

Modo de preparação do Kebab IrmãoVegan:

1 – Cortar o seitan em lâminas finas;

2 – Preparar a Marinada: Colocar o seitan cortado em lâminas num recipiente que possa ir ao frigorífico e juntar todos os ingredientes da marinada. Envolver tudo e colocar a refrigerar durante pelo menos meia hora;

3 – Pré-aquecer o forno a 230ºC;

4 – Retirar a marinada do frigorífico e colocar num refratário para ir ao forno. Introduzir no forno durante aproximadamente 20min ou até as lâminas de seitan estarem bem estaladiças;

5 – Baixar o forno para os 180ºC;

6 – Colocar uma frigideira ao lume a meio gás com um fio de azeite e introduzir a mistura de seitan após estas terem ido ao forno. Saltear as lâminas de kebab com o molho Tamari e se estas ainda estiverem secas adicionar um pouco mais de azeite;

7 – Colocar os pães pita no forno durante 5min a 180ºC;

8 – Ralar as Cenouras e cortar o tomate em tiras;

9 – Retirar os pães do forno e colocar em cada um deles uma folha de alface, 1/4 da cenoura ralada, 1/4 do tomate, 1/4 do kebab, maionese e coentros a gosto;

10 – Podem aproveitar o calor do forno para acompanhar os kebabs com chips de batata doce.

Funcionamento do IrmãoVegan na quarentena

Horário: de terça a sábado – encomendas até às 10h30 e até às 17h30, para o almoço e jantar, respectivamente. As entregas são feitas em Leiria, Maceira, Pataias, Amor, Monte Real e em todo o concelho da Marinha Grande, sem cobrança de taxa de entrega.

Os pedidos podem ser feitos por Instagram, Facebook ou através do número 93 442 67 01.

 

 

Foto: IrmãoVegan

Receitas para a quarentena: Nasi Goreng, do restaurante Habitat


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Nesta rubrica a TIL junta-se a restaurantes locais para nos ajudarem a inovar na cozinha em tempos de quarentena. Começamos com o restaurante Habitat, com o prato asiático Nasi Goreng

O restaurante Habitat é o primeiro convidado neste “receitas para a quarentena”. Localizado no centro histórico de Leiria, o Habitat aposta numa cozinha do mundo, com especialidades em pratos asiáticos.

O prato que apresentam aqui chama-se Nasi Goreng é perfeito para aproveitar o arroz do dia anterior combinado com várias especiarias. Esta receita deste Nasi Goreng é para duas pessoas.

INGREDIENTES: 

600g +/- de arroz do dia anterior

1 colher de chá de pasta de camarão

200g de frango cortado em pequenos pedaços

1 colher de sopa de sambal

4 dentes de alho picados

1 colher de sopa de gengibre picado

1 colher de sopa de molho de peixe

2 colheres de sopa de sumo de lima

6 colheres de sopa de molho de soja doce

1 cebola picada

1 cenoura

Sal e pimenta

Guarnição: Pickles de pepino e cenoura, Chalotas crocantes (cortar chalotas, adicionar um pouco de farinha e fritar em óleo bem quente), Cebolete, Coentro e Ovo estrelado.

MODO DE PREPARAÇÃO DO NASI GORENG:

(Tudo salteado em Wok) Frite a cebola, o alho, o gengibre, o frango, as cenouras, o sambal e a pasta de camarão por 2 minutos Adicione todos os outros ingredientes e cozinhe por mais 2 – 3 minutos Adicione guarnições e divirta-se De referir que este é o método que usamos no HABITAT, a nossa abordagem a este prato é o mais fiel possível à receita original.

Pode haver diferenças ou variações do mesmo prato por este mundo fora mas nunca ao ponto de serem significativas. Bom apetite!

Funcionamento do Habitat na quarentena

Horário: sexta, sábado, domingo e segunda – 12h/15h e 19h/22H
Take away e delivery (Glovo e Uber)

Menu com escolha de carne ou vegano com entrada e sobremesa por 15€ (mais informações nas redes sociais do Habitat)

 

 

Foto: Habitat

Enola Holmes – Quem disse que não podíamos fazer parte da família Holmes?


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Quando eu acho que a Netflix já não consegue surpreender-me, coloca a Millie Bobby Brown na frente do ecrã e a falar diretamente para mim (vá, para todos nós)!

E deixem-me começar por aqui e por aquilo que considero ser de longe o melhor de Enola Holmes: Millie Bobby Brown já não é Eleven de Stranger Things.

Eu sou daquele grupo que, desde a primeira vez que viu Millie em Stranger Things, acreditou que ela iria tornar-se numa estrela. E sem querer meter as minhas mãos no fogo, acho que está no ótimo caminho. É que, até aqui, não conseguia tirar Eleven da cabeça sempre que via a Millie no ecrã. E apesar de achar que faz um belíssimo trabalho em Stranger Things, para mim não chega para a considerar uma boa atriz, porque pode ser só uma personagem que encaixa bem nela.

Mas agora, já não tenho muito medo de me queimar. Se antes havia dúvidas, em Enola Holmes deixam de existir. A atriz de 16 anos provou-me ter uma incrível versatilidade e uma capacidade de alcance emocional extremamente competente! Para além disso, nota-se perfeitamente o seu crescimento numa atuação mais madura, confiante e divertida. Está no ponto! Não há melhor maneira possível para descrever Millie como Enola.

 

A segunda coisa que mais gostei do filme e que ajudou bastante no trabalho de Millie, foi o facto de não existir uma parede que nos separa da personagem principal, ou seja, uma quarta parede. Passo a explicar:

Nós, espectadores, estamos do lado de fora do ecrã apenas para ver as histórias das personagens, certo? Certo. Somos um elemento exterior que existe apenas para reagir ao que está a acontecer, como se fossemos o vizinho cusco que se põe à janela para ouvir as discussões do casal ao lado.

Mas em Enola Holmes, a personagem principal fala para nós. Sim, as aventuras começam e no meio de algumas delas, Enola reage e comenta connosco tudo o que está a acontecer.

A inexistência desta parede, se for muito bem aproveitada, dá-nos instantaneamente a sensação de que estamos a fazer parte do filme. E não sei quanto aos espectadores que viram o filme, mas eu sinto que fui tanto personagem principal como foi Millie! Senti-me outra irmã de Sherlock.

E também não é uma novidade para o realizador Harry Bradbeer. Foi o realizador da série Fleabag, vencedora de Emmy em 2019 (e totalmente recomendada!!), onde também utilizou esta técnica de aproximação da personagem ao público. Não, não foi ele que criou, mas admito que foi com ele que conheci e acho que foi ele quem popularizou.

Há uma cena maravilhosa, logo nos primeiros minutos do filme, em que vemos Enola na bicicleta a caminho de casa e a contar-nos quem é. Não nos conta só sobre ela, também nos fala da mãe, Eudoria Holmes, interpretada por Helena Bonham Carter e os irmãos Sherlock e Mycroft Holmes, trazidos por Henry Cavill e Sam Claflin.

Com todo este entusiamo ainda nem vos contei um pouco sobre o filme. Lamento, mas quando há aspetos muito bons devem ser logo mencionados. E a verdade é que não há muito que possa ser dito sobre o que vais ver no filme. Se viste o trailer estás bem preparado. Se não, cá vão uns pequenos parágrafos para te abrir o apetite:

Enola é a irmã mais nova de Mycroft Holmes e Sherlock Holmes (o investigador privado mais conhecido do mundo? Exatamente!), que mora com a mãe Eudoria. Cresceu só na companhia da mãe e foi ela que a educou em casa. Foi criada cercada de livros, mas com tempo para aulas de lutas marciais e experiências químicas.

Até que, um dia, Enola acorda e não encontra a mãe. Eudoria desapareceu e Enola passa a ser responsabilidade dos irmãos. A decisão deles foi colocar Enola num colégio interno liderado pela diretora Harrison (brilhantemente interpretada por Fiona Shaw), para que aprendesse a ser uma mulher educado e com postura. Bem, a decisão foi só do irmão mais velho, Mycroft, que é bastante arrogante. Restou o irmão do meio, Sherlock, que ficou encarregue de descobrir a mãe deles.

Bom, obviamente, não é nada disto que acontece. Enola foge e segue a sua nova aventura para encontrar a mãe. No meio dessa descoberta, conhece algumas pessoas que vão mudar a sua trajetória e influenciar aquela que seria a única e principal missão.

Com isto, temos também direito a uma boa clássica história de amor entre dois jovens corajosos destinados a mudar o mundo. Sim, Enola apaixona-se. É dos maiores clichés desta história, mas vá, são os dois fofinhos!

Harry Bradbeer e Jack Thorne trazem um argumento refrescante das histórias do famoso Sherlock Holmes, que até aqui estava habituado a ser o foco principal. A cinematografia de Giles Nuttgens em conjunto com a banda sonora de Daniel Pemberton contribuem para inúmeras cenas inesquecíveis e divertidas que ajudam Millie na tarefa de nos cativar, enquanto a acompanhamos num diálogo de análise a tudo o que acontece.

O ponto menos positivo, diria ser o argumento. Ok, é refrescante porque é uma nova perspetiva e uma nova personagem principal, mas é um argumento baseado no livro de Nancy Springer e precisava de construir um mistério maior em torno do grande caso.

Faltou construção de mistério e surpresa. Já não é fácil ser original na história, agora temos mais exemplos de originais a contar uma história. Mas estamos a falar do calibre de Sherlock Holmes, para mim faltou inteligência.

Em suma, Millie Bobby Brown parece que nasceu para ser Enola Holmes e eu estou a torcer por uma segunda parte. Sinto que a história tem muito mais para contar. Não há uma conclusão, aliás, há várias pontas que podem evoluir numa outra aventura de Enola.

Mas vou ser sincera, mesmo que existisse uma conclusão no final deste filme, tenho a certeza que já se considera uma segunda parte. Funcionou tão bem, era uma pena não existir mais!

Classificação TIL: 7/10

 

Texto: Sofia Correia

Muros que unem, rostos que marcam – João Galo, o senhor dos muros de pedra seca


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Depois de nas 7 Maravilhas da Cultura Popular, os Muros de Pedra Seca, em Porto de Mós, terem chegado à final, a TIL foi à descoberta de quem são as pessoas que estão dentro desta arte. E foi assim que ficámos a conhecer o Sr. João…

Os muros de pedra seca do concelho de Porto de Mós marcam uma paisagem e várias gerações. Existem alguns com mais de 100 anos e a sua funcionalidade é simples: guardar gado e dividir terrenos, mas quem os vê pela primeira vez acaba por apreciá-los com outros olhos, quer pela beleza harmoniosa que conferem a um espaço, quer pela arte engenhosa que só por si significam.

João Galo Pires tem 75 anos, vive na freguesia de São Bento, e não se lembra de existir sem os muros de pedra seca ao seu redor. O seu pai, tio e avô construíam muros e ele, com 30 anos, fez com que a tradição se mantivesse viva. “O meu pai construía muros e eu lembro-me de ir com ele muitas vezes
quando era garoto. Entretanto fui para a tropa e só na Junta de Freguesia é que aprendi realmente a fazer os muros.”, contou à TIL.

Nem toda a gente nasceu para esta arte. Para fazer um muro de pedra seca com sucesso é preciso ter a habilidade certa e paciência, uma vez que o processo de construção passa muito pelo método de tentativa e erro — “Há muitos que não sabem fazer os muros. Já trabalhei com algumas pessoas que realmente tentaram, mas não passaram dali. São pessoas que não aprendem mais que aquilo, mas isso é como em tudo. Têm jeito para outras coisas.”.
Infelizmente, João Galo – como gosta de ser tratado – é da opinião de que as gerações mais recentes já não se interessam tanto com a arte dos muros de pedra seca. “Antigamente haviam muitos a fazer os muros. Agora uns morrem e outros com a idade deixam de fazer. Aqui na serra há quatro ou cinco que ainda estão no ativo, mas não vejo os mais novos a interessarem-se por isto. Só conheço um rapaz de 40 anos que o faz, de resto mais ninguém.”, afirmou. Para além disso, sendo um trabalho que implica um grande esforço físico, acredita que os jovens preferem outro tipo de profissão. “Quando chegamos ao final do dia sentimos uma grande dor de costas”, afirma, mandando uma gargalhada.

A verdade é que os muros de pedra seca são apreciados por muita gente, especialmente por aqueles que não os veem diariamente. João Galo, como cresceu com os muros de pedra seca e sempre os encarou como um trabalho, não os contempla como alguém que vem de fora – “Quem está fora dá mais valor que a gente de cá. Nós nascemos no meio disto, os muros fazem parte da nossa vida desde sempre, vemo-los de forma diferente”. No entanto, sente-se bastante honrado ao saber que aquilo que durante toda a vida construiu foi realmente valorizado a nível nacional, mais concretamente no concurso 7 Maravilhas da Cultura Popular – “Sinto-me muito orgulhoso, é ver aquilo que toda a vida fiz a ser reconhecido. Esta é uma cultura muito antiga e diferente das outras que estiveram no concurso, muros de pedra seca só há aqui.”

 

Texto e fotos: Inês Fernandes

(De)coração – Descubra as 3 lojas leirienses cujas peças vai querer ter na sua casa


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Depois de tantos meses passados entre as mesmas paredes, é muito provável que já tenha olhado para algum canto da sua casa e pensado que estava a precisar de uma renovação. Se este é o seu caso, conheça estas 3 lojas leirienses que estão a revolucionar a decoração na região.

 

  • Molda Concept Store

Foto: MOLDA

Nas Caldas da Rainha, um projeto associado à cerâmica resultou na reabertura de uma concept store no passado mês de julho. Com designs diferentes e arrojados, cada peça parece contar a sua própria história e dar um toque único a qualquer canto onde se encontre. De sexta a domingo, das 11h às 19h, poderá passar pela antiga Fábrica Bordalo Pinheiro para ver o que de melhor a arte de cerâmica da região tem para oferecer.

Loja: Rua Rafael Bordalo Pinheiro, nº53 Caldas da Rainha

Redes sociais: Facebook & Instagram

 

  • Papaya

Foto: Papaya

Um lugar de festas, balões… e objetos decorativos que serão o destaque de qualquer casa. “Coisa felizes para pessoas felizes” é o lema desta loja localizada no centro da Batalha e basta um scroll pelo Instagram da marca para perceber que, ali, pode encontrar a peça certa para qualquer ocasião. Para além disso, a Papaya pode ainda decorar os momentos especiais da sua vida, o que os tornará ainda mais inesquecíveis.

Loja: Centro Comercial da Batalha, nº30 (Largo Goa, Damão e Diu)

Redes sociais: Facebook & Instagram

 

  • Paula Costa – Clothes & Lifestyle

Foto: Paula Costa

Uma loja de decoração, que oferece simultaneamente serviços de pronto-a-vestir e florista. Com um estilo clássico e intemporal, esta marca, que recentemente abriu um novo espaço, revela peças transversais a qualquer gosto e carteira. Aproveite ainda para aderir às últimas tendências da decoração e saia desta loja com as flores e plantas mais bonitas, que irão dar o toque de cor que animará a sua casa.

Loja: Estrada Nacional 109, nº173, Várzeas

Redes Sociais: Facebook & Instagram

 

Texto: Mariana Silva

Turismo Solidário: Município vai doar alimentos por cada foto publicada no Instagram


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“Espaços Instagramáveis – Turismo Solidário” é a nova iniciativa do Município de Leiria, que promete doar alimentos a IPSS’s locais por cada partilha digital dos locais instagramáveis da região.

Após o sucesso do projeto “Terra Alimenta Leiria”, realizado nos últimos meses em parceria com o Mercado de Leiria, o Município anunciou mais uma iniciativa solidária, desta vez com o intuito de promover o turismo na região.

Não há ninguém melhor para publicitar o distrito do que os próprios Leirienses e o projeto “Espaços Instagramáveis – Turismo Solidário” é a prova disso mesmo. Até ao final de setembro deste ano, publicar no Instagram uma foto dos locais turísticos, previamente selecionados, da região equivale a uma doação a uma IPSS do concelho de Leiria. Para isso, basta acompanhar a publicação da #leiriainstagramável e identificar @visiteleiria.

Cada partilha na rede social equivale a 1 ponto. No entanto, se uma conta partilhar todos os 8 lugares apresentados no desafio, a sua contribuição será multiplicada por 8, correspondendo a 64 pontos. Até ao final do verão, cada ponto será convertido em 1 quilo de alimentos doado a uma Instituição Particular de Solidariedade Social local.

Todos os espaços selecionados estão acompanhados de uma placa referente à iniciativa, para que possam ser identificados mais facilmente.

E as 8 maravilhas são…

Até ao momento, já é possível encontrar mais de 100 fotos partilhadas com a #leiriainstagramável. Descubra mais sobre esta iniciativa no site e no Instagram do Visite Leiria.

 

Texto: Mariana Silva

As sugestões da TIL para o nome do novo “gato preto da cidade”


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Falámos com os elementos da TIL Magazine para nos sugerirem alguns possíveis nomes para o gato preto. Alguns foram mais argumentativos que outros…

A peça de arte urbana foi recentemente adquirida pela Câmara de Leiria por 12 mil euros. Agora o município lançou o desafio de oferecer um batismo de voo às três sugestões mais originais. Este concurso serve para celebrar o Dia Internacional da Juventude (12 de agosto) e por isso as candidaturas são só válidas aos participantes até aos 29 anos.

GATO PRETO – OLHAR E NÃO VER from Riscas Vadias on Vimeo

Juntamos os nossos colaboradores e deixamos aqui algumas que deixamos para apreciação:

PAIO – Rui de Sousa (Editor, 28 anos)

“A escolha é simples. Além de Paio parecer um nome divertido para dar a um gato, porque nos remete imediatamente para o famoso enchido, serve também de homenagem e uma conotação histórica. Paio Guterres foi um cavaleiro de renome do séc. XI, com defesas emblemáticas contra os mouros, no Castelo de Leiria. Escolhi exatamente esta personagem histórica também pelo nome do Largo Paio Guterres, que a maioria conhece por Largo do Gato Preto – e que é a maior exemplificação desta arte urbana. PAIO ao poder!”

EÇA – Luís Duarte (Editor, 26 anos)

“Este gato é ícone da Cidade Criativa e, como tal, este simbolismo é justificado com o nome de um dos maiores escritores portugueses – Eça de Queiroz – que não só viveu no concelho de Leiria como também administrou o mesmo.”

LUÍS, O GATO DA CIDADE DO LIS – Catarina Ferreira (Gestora de Redes Sociais, 25 anos)

“Sem motivo nenhum aparente, só mesmo porque sim. Ok, rima e também tem um cognome, a lembrar os reis que passaram pelo nosso Castelo.”

BASÍLIO – Teresa Neto (Fotógrafa. 28 anos)

“Para mim ficava Basílio (remete ao livro Primo Basílio – que curiosamente é o nosso crítico gastronómico na TIL). Em homenagem ao Eça de Queiroz, que viveu na casa ao lado do Centro Cívico.”

FRANCO – Pedro Dinis Ferreira (Redator, 26 anos)

“Miguel Franco foi um ator, encenador e dramaturgo leiriense. Neste tempo em que a cultura parece estar meio esquecida é importante lembrar que a cultura forma sociedades e mentalidades.”

GATO PRETO – Filipa Gaspar (Redatora, 20 anos)

“Para mim ficava com o nome de Gato Preto. Porque se por gato preto se conhece, gato preto ficará. Filosófica, não fui?”

CHICO – Rita Silva (Redatora, 21 anos)

“Chico como referência ao Francisco Rodrigues Lobo. E até porque no geral dava um excelente nome para gato!”

 

Foto: Gil Álvaro de Lemos

Dearlili – A nova marca de acessórios handmade de Leiria


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Liliana Paiva é gestora, maquilhadora, blogger… e, agora, a cara
por detrás da Dearlili, a nova marca leiriense que tem tudo para passar a ser uma referência no mundo dos acessórios

Foi há 7 anos que Liliana Paiva materializou o seu amor por moda, com a criação da sua primeira página online que, até hoje, mesmo com algumas mudanças de nome, continua ativa. No entanto, num mundo onde a imagem parece cada vez mais ganhar território face à escrita, os blogues foram perdendo espaço no digital e Liliana seguiu caminho, abraçando novos projetos.

“Sempre quis criar uma coisa minha”, revela esta blogger leiriense. E foi no mundo da maquilhagem que deu os primeiros passos nesse sentido, certificando-se enquanto maquilhadora profissional. No entanto, quando a pandemia obrigou ao cancelamento de diversos eventos e Liliana se apercebeu que teria de colocar a maquilhagem em pausa, a sua alma empreendedora levou-a à criação de um novo projeto.

Foi assim que nasceu Dearlili. Na verdade, foi um misto entre a necessidade de Liliana de ter mais um projeto em mãos e a sua insatisfação face à qualidade dos acessórios das lojas em que comprava. Aos poucos, foi adquirindo os materiais necessários, nomeadamente missangas e peças em aço inoxidável, e começou a criar acessórios que associam beleza à qualidade.

Mas colocar um prazo a si mesma foi o que, na opinião de Liliana, separou o sonho da sua concretização. “No fim de semana em que publiquei o Instagram da marca, fiz a grande parte das peças da coleção”, conta esta empreendedora, que está por detrás de cada parte do processo, desde a criação dos diversos acessórios até à venda.

Até ao momento, é possível comprar no Instagram da marca diversos colares e pulseiras que se destacam pelo preço acessível (nenhuma peça ultrapassa os 10€), pela qualidade e pela possibilidade de serem personalizáveis. E Dearlili não vai ficar por aqui, pois quando questionada face a planos futuros, a resposta foi dada com muito entusiasmo. “Gostava de criar acessórios para noivas”, afirma Liliana, que admite ter um especial encanto pelo mundo dos casamentos.

Ora, estando noiva ou não, esta é uma marca que merece ficar debaixo do seu olho. Dearlili pode ser um negócio recente, mas já deu prova de que veio para marcar o seu lugar no digital e, quem sabe, talvez um dia num espaço físico. É só esperarmos para ver onde o espírito empreendedor de Liliana a levará a seguir!

 

 

 

 

 

 

 

Descubra mais no Instagram de Dearlili.

 

Texto: Mariana Silva