Villa Omnichord ou a Villa das pessoas felizes – Dia 7 do Festival A Porta


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O sétimo dia d’A Porta foi inteiramente dedicado à editora mais bonita de Leiria. A Omnichord Records transformou a Villa Portela na sua casa e ali presenteou-nos com atuações de grande parte das suas bandas, incluindo team-ups.

O dia estava claro e o feriado convidava a estar na rua, ou então, para os mais audazes da noite anterior, estava um belo dia para descansar nos terrenos da Villa Portela ao som das bandas que tão bem conhecemos. Few Fingers, Jerónimo, Obaa Sima, Surma, Whales, Labaq e vários crossovers ao estilo all-star sessions.

Os Few Fingers foram os primeiros a inaugurar a Villa Omnichord. Nuno Rancho e André Pereira embalaram os festivaleiros presentes ao som de um indie-folk a que nos habituaram. Assim estava aberto aquele que foi, sem dúvida, o espaço mais interessante do Festival A Porta. O cenário, composto por três palcos e várias bancas de comida e bebida, quase que fazia acreditar que o festival tinha lugar apenas na Villa Portela, e não seria nada mau se assim fosse. Depois das sonoridades folk, os Obaa Sima com ajuda de João Marques, teclista dos First Breath After Coma, levaram a sua musicalidade mais eletrónica ao palco mais catita do dia. Na antiga piscina da propriedade estava um palco montado para criar um cenário tranquilo e de imersão na natureza do espaço.

No mesmo palco os Jerónimo, trouxeram o indie de volta e misturaram os sons eletrónicos. A Villa Omnichord já estava bastante composta por esta altura e a música dos Jerónimo elevou ainda mais a boa disposição que se fazia sentir e ainda houve espaço para uma pequena participação de Surma! Nos intervalos de concertos, famílias estendiam mantas no terreno e aproveitavam a vista e o ambiente. Antes do intervalo, os Whales ainda tiveram tempo de acelerar os batimentos dos presentes com as suas músicas: bateria e teclados a divagar com o castelo como pano de fundo e o pôr do sol a aparecer, num cenário quase de sonho. Depois do intervalo para jantar, a sobremesa era servida por LaBaq e Surma.

De novo os festivaleiros rumaram à Villa Portela para continuar a aproveitar o cenário e o ambiente criado durante o dia. LaBaq foi a primeira a reabrir a Villa Omnichord. Numa experiência com muitos loops, a artista brasileira contou ainda com a participação de dois dos músicos dos First Breath After Coma, Pedro Marques e Rui Gaspar. Seguiu-se Débora, ou Surma, que mais uma vez pintou uma viagem sonora por onde levou os presentes. Estiveram também em palco os músicos convidados Joana Guerra no violoncelo, e João Hasselberg, no contrabaixo para tornar a noite ainda mais especial. Em foco esteve também a componente visual da sua atuação, com dois dançarinos. Surma ficou para o fim e encerrou a noite de Villa Omnichord em beleza.

O culminar de um dia em cheio onde, novamente se prova que, A Porta faz coisas que aquecem o coração e dar rédea solta à Omnichord não tem como correr mal!

Feedback do público::

Daniel Pereira – Foi sem dúvida uma noite idílica para qualquer amante de música. E a Omnichord, a Porta e Leiria, estão de parabéns!

Fotos: Luís Ferreira, Teresa Neto