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Aberto há pouco mais de dois meses em Leiria, o Rei Arthur Bistrô é um lugar para a família, com uma orientação difícil de encontrar, onde se sente o carinho que se trabalha o que se gosta.
O Rei Arthur Bistrô é um bistrô na rua Gago Coutinho que não é propriamente novo. Já existia em Fátima mas Marcelo e Vivianne, os donos, quiseram mudar-se para Leiria à procura de um público mais jovem e mais recetivo.
Aquando da conversa que tivemos com o Marcelo, foi possível perceber que aqui a dedicação é proporcional à paixão, e a paixão pelo que se faz nesta casa é difícil de igualar. Marcelo, formado em gestão de empresas, e Vivianne, formada em administração de empresas e recursos humanos, tiveram este sonho de ter um espaço seu que fosse uma referência misturando culinária brasileira e portuguesa, conjugando as últimas tendências da cafetaria proporcionando uma experiência compartilhada. Uma das ideias, diz Marcelo, era “criar um ambiente propício à partilha de experiências, à troca de ideias e até para trabalhar.”
Desde tapiocas a tostas de abacate, as refeições podem ser duradouras ou mais curtas, mas o certo é que a experiência nunca será igual. Marcelo confessa que a sua visão de bistrô tenta ser o mais fiel à origem. Os bistrôs surgiram em França durante a segunda Grande Guerra. Numa altura de crise, as mulheres francesas começaram a servir refeições leves para conseguir algum rendimento. O conceito assenta na familiaridade com que os clientes eram tratados servindo refeições curtas e criando laços com eles. Marcelo exemplifica dizendo que ainda hoje tem amigos de Fátima que os visitam em Leiria.
Tudo é pensado ao pormenor para criar laços com quem visita o Rei Arthur Bistrô e o investimento é a vários níveis. Desde a constante experimentação de sabores nos pratos, a cargo de Vivianne, nas bebidas, a cargo de Marcelo, que confessa ter preferência pela caipirinha de tangerina, na máquina de café que tinha de ser laranja e não descansaram enquanto não a conseguiram, até à escolha da carne ideal para as refeições, tudo teve que ser escolhido a dedo.
O melhor estava guardado para o fim, Marcelo quis-nos explicar o porquê do seu bistrô se chamar Rei Arthur e aí foi a cereja no topo do bolo. Se já estávamos derretidos com todo o carinho expressado, pior ficámos quando nos explicou que o Arthur é o filho que tem com Vivianne, que para eles é um rei e é a razão do seu viver. Quis levar a homenagem mais longe e escolheu a tangerina como logótipo por ter sido a primeira fruta que o filho provou e pela qual ficou apaixonado.
Durante toda a conversa, embalada por uma playlist de bossa nova, outra constante no Rei Arthur, foi possível sentir o amor dedicado ao conceito e mais embeiçados ficámos quando provámos a tapioca, a tosta de abacate e o sumo de morango com manga. De facto um sítio único com refeições únicas e onde emana uma tranquilidade que faz qualquer um sair de sorriso no rosto e leveza no espírito.
Fotos: Teresa Neto