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O derradeiro dia do Ti Milha chegou e depois de uma noite de sábado que vai deixar muitas saudades, ainda houve quem tivesse força para comparecer no Parque de Merendas da Ilha para, em conjunto, fazer a recuperação.
Para o encerramento do Festival Ti Milha estava planeado um pouco de tudo numa junção de gerações. Logo pela manhã, a sessão de Ioga concentrou os mais matutinos num momento de relaxamento.
De seguida, por volta das 13h deu-se início ao Mega Piquenique. À volta do lago todos se juntaram numa partilha de experiências, comida, bebida e boa disposição.
Depois da ‘bucha’ foi a vez dos mais velhos atuarem num sarau de rancho. Enquanto as crianças se divertiam, os mais velhos dedicavam a sua atenção ao concerto. O momento alto do dia foi este, a congregação, mais uma vez, de gerações que celebraram o seu saudabilíssimo ‘bairrismo’! O restante tempo da tarde foi ocupado por um torneio de xadrez, uma oficina de teatro e um workshop de dança.
Houve ainda tempo para a atuação do Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra (GEFAC) com o seu mais recente espetáculo “O Canto dos Dias” e também para uma peça de teatro com o grupo Grupo Amador de Teatro da Almagreira (GATA).
Para o encerramento das festividades ficaram reservadas as atuações dos Semibreves, um grupo de musical tradicional e do Daniel Catarino que, fez a sua performance no meio do recinto possibilitando um encerramento muito intimista.
Fazendo um balanço deste festival, o nosso repórter não podia estar mais surpreendido. Um aspeto que diferenciou o evento foi o dever cívico, muito dificilmente se encontravam copos de plástico no chão, ou qualquer outro tipo de lixo. Desde a organização e principalmente aos participantes, que são estes que fazem a festa, tudo neste festival grita ‘bairrismo’, ‘orgulho’ e ‘felicidade’. Estas pessoas não têm medo de ser bairristas, e ainda bem, começando no apoio aos projetos artísticos locais passando por um civismo incomparável o Ti Milha é uma festa que celebra a boa música, as suas gentes e o que fazem num espaço de beleza incrível. Em suma o Ti Milha é… é… é preciso vivê-lo para o sentir. Despedimo-nos a contar os dias para a próxima edição.
Testemunhos
- João Pedro Pedrosa, 26 anos
“O último dia do Ti Milha, é o dia que toda a gente devia experiênciar, pois é o dia que consegue transparecer toda a essência do festival. Temos todas as gerações juntas num só espaço, os mais novos a deslizar pelo escorrega, os mais velhos a cantar à volta do rancho com tanta ou mais emoção que se estivessem a ver um concerto dos Beatles, e o resto deitados pelas mantas e relvados ainda a tentar recuperar da noite anterior.
Dizem que o Ti Milha é festa, que é para todos e de todos, que é único e especial, e só ganhamos noção disso quando ficamos num domingo até de noite escura com esperança que aconteça novamente no próximo fim de semana. O Ti Milha não dá para descrever com simples palavras, tem de ser vivido.”
Fotos: Luís Ferreira